Lena é uma garota de 17 anos, ruiva e de aspecto angelical. Mas logo você se dá conta que ela engana bastante. Começando por uma excessiva segurança para uma menina da sua idade e seguindo pelos dizeres de sua camiseta "too busy to fcuk" (muito ocupada para "transar"). Nos trechos em vídeo da entrevista, você poderá conferir que Julia é graciosa ao falar e mesmo quando tenta pronunciar "Nos vemos no Terra", em espanhol, não perde a oportunidade de fazer uma graça. Vocês disseram que as pessoas ou as amam ou odeiam. Por que acreditam nisso? Na verdade dizem isso, nós não sabemos. Mas em todo caso, acho que é verdade.
Videoentrevista
A entrevista em vídeo, em espanhol

Algo parecido acontece com Eminem. Curiosamente é um de teus ídolos, mas ele não tem uma opinião muito boa das relações homossexuais. Eu gosto dele porque é sincero na sua música e nas suas letras. E ele gosta de falar em suas letras de sua vida e do que faz. Nós também fazemos isso e somos sinceras. Por outro lado, cada um tem sua opinião sobre orientação sexual. Esperavam ganhar o prêmio MTV pelo melhor vídeo do ano? Não, e isso foi faz quase um ano. Não esperávamos e a verdade é que foi genial. E como foi a relação com os outros artistas que participaram da festa? Falaram com alguém? Não falamos com ninguém, somente fomos de garotas russas... De qualquer forma, não precisamos disso. Sem dúvida, a relação de vocês duas contribuiu para a fama do duo, mas isso não pode prejudicar a carreira do t.A.T.u. ao longo da carreira? Não temem ficar conhecidas somente por isso e não pela música? Não creio, pois já estamos juntas há mais de três anos e dois de projeto - e tudo vai bem. As Spices Girls diziam algo como "Se quiser ser meu amante terá que se mover... mover seu corpo...", algo que atraia garotas de todas as idades, e os pais não se opunham. Com vocês está havendo mais problemas por parte dos pais? Sim, sim. Temos tido problemas porque os pais de algumas garotas. Eles iam ao nosso show e saiam antes do final da apresentação. Não pretendemos ensinar nada a ninguém. Cada um é o que é. Tatu existe agora, mas antes disso já existiam os gays e as lésbicas. Não muda nada. Agora parece que vocês gostam de música eletrônica, pop, hip hop...Para onde você querem caminhar depois? Nossa música não tem um estilo concreto. É como a união de muitos estilos diferentes e essa união de estilos diferentes é o que faz o t.A.T.u. E o que vier depois, vocês verão. De onde vem o nome t.A.T.u. e por que esse título para o disco, 200 km/h in the Wrong Lane? O nome do grupo... (justo neste momento Lena tem um soluço: "Os russos são muito supersticiosos", disse, "e quando temos soluços acreditamos que alguém está pensando em você") São dois monossílabos; "ta" quer dizer "uma" e "tu" quer dizer "outra". Junto, significa "uma ama a outra". E quanto ao título do disco, vem do vídeo da canção Not Gonna Get Us. Nele, nós saímos correndo, pegamos um carro e vamos a 200 km/h pela contramão. Como você começou na música? Vem dos genes, meu pai é compositor e músico, minha mãe toca piano, tenho avós e muita gente na família está relacionada com a música. Aos cinco anos entrei na escola de piano, logo estava em um grupo infantil no qual eu encontrei a Julia e com ela cantei 4 ou 5 anos. Depois nos encontramos no casting onde nasceu o t.A.T.u. Como é a vida na Rússia atualmente? Super. Melhor que em qualquer outro lugar. Vocês usam a Internet? Somente temos micro no escritório e assim vemos as mensagens dos fãs, a página web e outras coisas. De qualquer forma, não sou muito amante dos computadores nem de Internet, mas entendo que é algo muito importante para unir as pessoas de diversos países e estar sempre atualizado. Sendo tão jovens, como a fama afeta vocês? Levanta os dois polegares e exibe um sorriso de satisfação.

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